POLÍCIA INVESTIGA FALSIFICAÇÃO DE CERTIFICADOS E HISTÓRICOS

A Polícia Civil deflagrou, nos últimos dias, a segunda fase da operação Volta às Aulas, com o objetivo de prender outros envolvidos em uma quadrilha suspeita de falsificar certificados e históricos escolares na modalidade de educação de jovens e adultos à distância.
Foram expedidos 42 mandados, sendo nove de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 24 de busca e apreensão para serem cumpridos em 11 cidades de três estados: Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Ponta Grossa, Piraí do Sul, Guarapuava, Londrina e Maringá (Paraná), Rio de Janeiro e Nova Iguaçu (Rio de Janeiro) e Cuiabá (Mato Grosso). Um dos alvos do mandado de condução coercitiva é uma servidora da Secretaria Estadual de Educação do Paraná (Seed).
Cento e vinte policiais foram escalados para dar cumprimento aos mandados concedidos pela Justiça após investigações conduzidas pelo delegado-titular do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), Renato Bastos Figueroa. “Com os documentos e depoimentos colhidos na primeira fase foi possível mapear e identificar a amplitude do esquema criminoso, que se alastrava para outros estados”, disse o delegado.
A fraude consiste no comércio clandestino de diplomas e certificados. Dez cursos são alvos desta fase da operação. Alguns deles não tinham autorização para emitir tais documentos, mas, mesmo assim, cobravam até R$ 1,7 mil de alunos que tivessem interesse nos diplomas.
Apenas cinco das treze instituições alvos desta ação policial tinham autorização para emitir certificados. “Os cursos que não tinham autorização recorriam aos que eram credenciados para obter, mediante pagamento, os diplomas e certificados”, diz Figueroa, acrescentando que tais documentos não têm validade e que “muitos alunos nem sequer realizaram as provas para serem graduados”.
Apesar da fraude, vários estudantes usaram estes diplomas e certificados para, por exemplo, realizar de matrículas em universidades. Cerca de 350 alunos estão sendo investigados para saber se eles tinham ciência do esquema criminoso.
A ação desta quarta-feira é um desdobramento da primeira etapa da operação. Em dezembro 2015, o Nurce já havia prendido seis pessoas e cumpridos 23 mandados de busca e apreensão encontrando uma série de documentos que permitiram a seqüência nas investigações. A polícia havia investigado duas empresas, a Interathyvo e a Paraná Cursos, que cobravam de R$ 1,3 mil até R$ 1,7 mil dos alunos e falsificava provas e inclusive documentos pessoais enviando ao Instituto Brasileiro de Ensino à Distância (Ibed) – único a possuir habilitação legal para emitir os diplomas e certificados.
Fonte: Paranaportal.com.br


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