PARCERIAS ENTRE BRASIL E CHINA NA ÁREA DE EDUCAÇÃO AVANÇAM


O constante diálogo entre Brasil e China tem surtido efeito, com as relações econômicas crescendo de forma significativa a cada ano. Mas, mesmo já consolidada, a principal parceria comercial da economia brasileira ainda tem muito a oferecer. De acordo com a Serpa China, a cooperação entre os países significa a ascensão coletiva e o desenvolvimento de importantes áreas como a tecnologia e a educação.
"É preciso ampliar novos horizontes e ir além da exportação de commodities. Acredito que a parceria comercial entre Brasil e China possibilita investimentos dos lados, o que contribui para a geração de empregos, aumento da produtividade em determinados setores e a transferência de tecnologia, com efeitos bastante importantes, por exemplo, para o avanço de projetos em regiões menos desenvolvidas do país", diz Ian Lin, CEO da Serpa China.
A soma das importações e exportações entre as duas nações alcançou um recorde inédito na América Latina — US$ 98,9 bilhões, ou quase R$ 400 bilhões, sinalizando um ápice na relação bilateral.
Lin ressalta, porém, que a parceria entre as indústrias e governos vai muito além dos negócios comerciais. Ao todo, o plano de parceria contempla sete áreas de cooperação: tecnologia espacial, aplicações espaciais, ciências espaciais, serviços de lançamento, suporte em rastreio e controle, equipamentos espaciais e treinamento de pessoal. A parceria entre brasileiros e chineses supera as dificuldades como distância e diferenças culturais. Vale salientar que, há mais de 30 anos, Brasil e China mantêm uma parceria na área de satélites de sensoriamento remoto, uma experiência que se tornou exemplo de sucesso para o mundo. A parceria foi firmada em 1988 e já desenvolveu seis satélites, cinco deles já lançados.
Outro foco da iniciativa é o desenvolvimento de pesquisas em áreas relacionadas à educação, pesquisa e inovação. Hoje, instituições das duas nações realizam intercâmbios acadêmicos, educacionais e científicos para professores, pesquisadores e pós-doutorandos. "Investir em conhecimento e tecnologia é a melhor oportunidade de negócio. Aqui na China, nós percebemos que o Governo quer impulsionar o crescimento do mundo, e esta parceria tem possibilitado ao Brasil mais recursos, mais oportunidades e mais áreas de pesquisa. Por isso, precisamos desenvolver o nosso conhecimento e capacidade de inovação para ajudar o próximo a viver melhor", diz Ian.
O foco dos chineses é buscar mercados de alto potencial. "São dois países que podem somar e muito. Estamos vivendo uma nova fase de relações entre Brasil e China. Devemos levar em consideração o gigantesco potencial da China como investidor no exterior para que o Brasil possa atrair o investimento chinês, principalmente na educação, tecnologia e em áreas com falta de infraestrutura do País. Essa é uma realidade. A China tem investido cada vez mais em educação, pesquisa e inovação digital além de infraestrutura tecnológica. Tudo isso aumenta a competitividade das empresas chinesas no mercado global e potencializam sua expansão econômica", explica o CEO.
Ian Lin reforça o empenho do governo chinês em executar sua estratégia de inovação aliada na criação de políticas públicas. Há alguns anos, a China estava focada em grandes projetos de petróleo e agronegócios, mas agora o país asiático está investindo e atuando em setores como mobilidade por aplicativo, bancos digitais, lojas virtuais e de alta tecnologia. "O que a China quer é ser reconhecida como uma potência em inovação tecnológica", afirma o executivo.



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