O QUE MUDA NO ENSINO DE MATEMÁTICA APÓS O NOVO DECRETO DO MEC

O decreto que institui o Compromisso Nacional Toda Matemática foi publicado na quinta-feira, 2 de outubro, no Diário Oficial da União (DOU). O objetivo da nova política é fortalecer o ensino da matemática na educação básica por meio da oferta de apoio técnico e financeiro às redes de ensino que aderirem à iniciativa. Em resumo, a política deve proporcionar uma abordagem articulada para uma melhor formação dos professores, apoio com materiais específicos para o ensino de matemática, avaliação e definição de metas de aprendizado, reconhecimento de boas práticas de ensino, entre outros pontos. A ideia é garantir que todas as redes que aderirem ao compromisso tenham o mesmo nível de preparação e capacidade para impulsionar o aprendizado da matemática por parte do aluno. ?Estamos lançando o ?Compromisso Toda Matemática? para apoiar a formação de professores e apoiar tecnicamente e financeiramente as redes de educação básica para melhorar a aprendizagem da matemática?, afirmou o ministro da Educação. De acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2022, 73% dos estudantes brasileiros apresentaram um desempenho insuficiente em matemática. Isso significa que, na época, 7 a cada 10 alunos brasileiros de 15 anos não sabiam resolver problemas matemáticos simples. Isso colocou o Brasil abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e é este quadro que o Compromisso Nacional Toda Matemática quer reverter. A política está estruturada em cinco eixos: 1) Governança e gestão; 2) Formação de profissionais da educação; 3) Orientação curricular; 4) Avaliação da aprendizagem; 5) Reconhecimento e compartilhamento de boas práticas. A adesão ao Compromisso será voluntária, ou seja, cada rede de ensino deverá sinalizar seu interesse me fazer parte da iniciativa e receber o apoio do MEC para a implementação. Caberá ao MEC coordenar a formulação, implementação e monitoramento das políticas. O cronograma de adesão ainda não foi divulgado. Critérios de prioridade serão adorados para determinar a ordem de atendimento das redes pelo programa. Será considerado: 1) a proporção de estudantes do ensino fundamental e ensino médio com aprendizagem em matemática abaixo do adequado; 2) as características socioeconômicas, étnico-raciais e de gênero; e 3) a presença de estudantes que compõem o público-alvo da educação especial e da educação bilíngue de surdos. De acordo com o MEC, o programa terá um orçamento previsto de aproximadamente R$ 70 milhões, ainda em 2025. Essa verba deve ser voltada à formação de professores e gestores escolares, à disponibilização de materiais didáticos suplementares e a outros recursos pedagógicos. Parte desse valor (R$ 20 milhões) será enviada direto às escolas pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Toda Matemática. A decisão sobre quais escolas receberão mais apoio vai levar em conta o desempenho dos alunos nas avaliações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). "Os demais R$ 50 milhões deverão vir dos PDDEs Escola das Adolescências e Recomposição das Aprendizagens, destinados à melhoria da aprendizagem por meio da implementação de clubes de letramento nas escolas para os anos finais do ensino fundamental", explicou a pasta. (Fonte: G1)

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