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CONCLUIR CURSO SUPERIOR AUMENTA RENDA DE ESTUDANTES DO ENSINO PRIVADO
A formação superior segue sendo um diferencial decisivo para a empregabilidade e a renda dos brasileiros, segundo o Indicador ABMES/Symplicity de Empregabilidade 2025 (IASE), que mostrou que a remuneração média cresceu 81% após a conclusão do curso, passando de R$ 2.783 para R$ 5.045. A pesquisa foi feita com 8.843 egressos de 79 instituições de ensino privadas de todo o País que colaram grau entre meados de 2023 e de 2024. Esse último valor é 47% superior à renda média nacional do primeiro trimestre de 2025, de R$ 3.410 segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua/IBGE). A pesquisa também constatou que, em até 15 meses depois da formatura, 85% dos egressos do ensino superior particular estavam inseridos no mercado de trabalho.
Apesar de a maioria (65,8%) trabalhar em sua área de formação, ainda há um contingente relevante fora da área, tanto por necessidade (10,4%), quanto por opção (9,3%). Já o desemprego ativo (quando a pessoa está procurando por uma vaga) ficou em 12,9%. Contudo, ?o dado curioso?, diz a pesquisa, é que o recorte daqueles que escolhem trabalhar fora da área por opção tem uma média salarial (R$ 5.276 por mês) muito próxima do que quem atua na área de formação (R$ 5.365). Por outro lado, quem trabalha fora da área por falta de oportunidade ganha uma média salarial próxima da metade dos outros dois grupos: R$ 2.727.
Os dados mostram que apesar de o diploma fazer diferença, trabalhar na área de formação não é garantia de maior renda. ?Em alguns casos, carreiras alternativas podem ser até mais rentáveis?, segundo a pesquisa. O estudo também analisou o impacto do apoio financeiro obtido junto ao poder público (como Fies e ProUni) ou à instituição de ensino (como bolsas de estudo ou financiamento próprio) na trajetória profissional dos egressos.
Os egressos que estudaram em instituições privadas sem alguma bolsa ou financiamento recebem em média R$ 5.230, enquanto beneficiários de bolsas parciais e integrais ficam entre R$ 4.408 e R$ 4.567. Já em relação à empregabilidade na área de formação, entre os que se formaram em instituições privadas, a proporção é equilibrada entre quem não recebeu bolsa ou financiamento (76,4%), quem recebeu bolsa integral (76,8%) e quem recebeu bolsa parcial (78,4%).
O levantamento das informações foi realizado pelas instituições junto aos seus ex-alunos, seguindo o modelo de questionário quantitativo resultante do grupo de trabalho criado para a definição das bases do projeto, ainda em 2022, e que contou com o apoio do Inep. Entre a modalidade de ensino dos cursos feitos pelos egressos entrevistados, 83,5% eram do ensino presencial e 16,5% do ensino a distância (EAD).
Já a distribuição regional teve a maior parte da amostra com egressos do Sul e do Sudeste, enquanto instituições do Norte ficaram subrepresentadas, ?o que pode impactar os resultados gerais do IASE, pois regiões têm diferentes realidades de empregabilidade e renda?, segundo a pesquisa, além de causar uma distorção para comparativos nacionais. Por isso, a amostra não pode ser considerada como um reflexo da distribuição real de egressos no Brasil. O perfil sociodemográfico entrevistado foi de maioria feminina (60,8%); 62,8% de brancos, 27,4% de pardos e 7,9% de pretos; e predomínio da faixa etária entre 22 a 30 anos.
(Fonte: O Estado de São Paulo)
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