PF ENCONTRA FRAUDE NA UFPR


O delegado responsável pela operação Research (Pesquisa, em ingês), deflagrada para apurar o desvio de R$ 7,5 milhões via pagamento bolsas de estudos na Universidade Federal do Paraná (UFPR), disse estar "estarrecido, chocado, com a grosseira fraude" apontada pela investigação. Para o TCU (Tribunal de Contas da União), o esquema não tem precedentes em outras instituições de ensino superior.
A Polícia Federal prendeu 29 pessoas no Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. Duas delas são servidoras da UFPR; eram a chefe da Sec¸a~o de Controle e Execuc¸a~o Orc¸amenta´ria e a chefe da Secretaria Administrativa do Gabinete da Pro´-Reitoria de Pesquisa e Po´s-Graduac¸a~o (PRPPG).
A atual vice-reitora da instituição, Graciela Bolzon, é uma das oito pessoas que foram levadas para prestar depoimento sob condução coercitiva. Como coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia, ela assinou 215 processos de concessão de pagamentos, diz a PF.
Segundo a PF, há suspeita de irregularidades em "pagamentos sistemáticos, fraudulentos e milionários de bolsas a inúmeras pessoas sem vínculos com a instituição no período entre 2013 e 2016".
A operação, batizada de Research (pesquisa, em inglês), cumpre 73 ordens judiciais proferidas pelo juiz federal Marcos Josegrei da Silva, titular da 14ª Vara Federal do Paraná. São 29 mandados de prisão temporária, oito de condução coercitiva e 36 de busca e apreensão nos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.
Conforme a Polícia Federal, foram reunidos "indícios concretos da realização de fraudes em pagamentos (desvio de recursos públicos federais) realizados no período de 2013 a 2016 a título de auxílio a pesquisadores, bolsas de estudo no Brasil e no a diversas pessoas desprovidas de regular vínculo de professor, servidor ou aluno da UFPR. Dentre os fatos até então apurados se detectou a participação de ao menos dois funcionários públicos federais nas fraudes, resultando na prisão cautelar de ambos."
A UFPR emitiu nota oficial sobre a operação, em que afirma já ter um procedimento iniciado na instituição para a apuração desses fatos. A previsão de término dos trabalhos, segundo a UFPR, é em meados de abril de 2017.



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