ESCOLAS DE BRASÍLIA REGISTRAM AUMENTO DA INADIMPLÊNCIA


A taxa de inadimplência — por atraso na mensalidade —nas escolas particulares do Distrito Federal chega a 30%, segundo levantamento feito pelo Jornal Correio. Para o terapeuta e educador financeiro Jônatas Bueno, isso ocorre porque muitas famílias, na hora da matrícula, assumem compromissos que não têm condições de pagar. “A educação exige outras despesas além da mensalidade, como material escolar, transporte, alimentação, e, muitas vezes, os pais não se planejam para isso”, disse.
A dificuldade das famílias para pagar as parcelas tem levado muitos estabelecimentos de ensino a criar estratégias para evitar prejuízos. A diretora financeira de uma escola na Asa Sul conta que segue uma política de renegociação de débitos: “Enviamos os valores reajustados conforme o contrato, os pais oferecem uma contraproposta, e negociamos até encontrar um denominador comum”, afirmou.
Para fugir da inadimplência, Bueno recomenda às famílias que procurem manter uma reserva suficiente para três a seis meses de gastos normais. Ele explicou que a mensalidade escolar é uma das primeiras contas que as famílias deixam de pagar por causa da possibilidade de renegociação, mas recomenda não deixar acumular.
Os pais que estão tendo dificuldades para pagar a escola devem fazer um diagnóstico do orçamento familiar para entender para onde vai o dinheiro. No caso de renegociação da dívida, Bueno recomenda entender as taxas de juros, o valor a ser pago, além de estabelecer um plano que respeite a capacidade financeira da família.
No país, a taxa de inadimplência fica entre 8% e 12%. De acordo com o sindicato que representa as escolas particulares de São Paulo, na capital paulistana houve pouca variação no atraso do pagamento das mensalidades nos últimos 12 meses.
Fonte: Correio Braziliense



 Voltar
Boletim Diretor - Colégio 24 Horas