MERCADO DE EDUCAÇÃO É O QUE MAIS CRESCE EM NÚMERO DE EMPRESAS


Enquanto o número de empresas ativas no Brasil vem sendo reduzido ano a ano desde 2013, aquelas ligadas ao mercado educacional caminham na direção oposta. É o que aponta uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme o levantamento feito com base no Cadastro Central de Empresas, o Brasil encerrou 2017 com pouco mais de 5 milhões de empresas ativas, 6,73% menos que em 2013, quando este número superava 5,3 milhões. Dos 20 segmentos empresarias, listados com base na Classificação Nacional de Atividades Econômicas, dez tiveram alta no número de empresas, e as outras dez, queda.
O maior crescimento no número de empresas nestes quatro anos foi entre aquelas com atividades ligadas à educação, que saltou de 1,3 milhão para quase 1,8 milhão – uma alta de 37,5% no período.
Já a maior redução do número de empresas ocorreu entre aquelas classificadas em Outras Atividades de Serviços, categoria que inclui empresas de atividades associativas (como ONGs e sindicatos), de reparação de equipamentos de informática, comunicação e objetos pessoais, além de empresas ligadas a serviços pessoais (serviços domésticos, lavanderia, cabelereiros, tinturaria, entre outras).
“A maior parte desse grupamento é de empresas dessa área de serviços pessoais, que dependem de renda para o consumo. Em um momento de crise, as pessoas restringem os seus gastos e isso impacta diretamente no número de empresas ligadas a estes serviços”, explicou a pesquisadora do IBGE, Denise Guichard Freire.
As empresas ligadas à educação são classificadas com três naturezas jurídicas – administração pública, entidades empresariais (privadas) e entidades sem fins lucrativos. As três, segundo o IBGE, tiveram alta no período, sendo a mais expressiva entre aquelas sem fins lucrativos, que mais que dobraram o número de unidades.
Enquanto as empresas públicas de educação tiveram alta de 28,6% no período, as privadas aumentaram suas unidades em apenas 8,2%, contra um crescimento de 124,1% daquelas sem fins lucrativos.
Com isso, alterou-se a divisão entre das empresas ligadas à educação quanto à natureza jurídica. Em 2013, do total de empresas ativas no segmento de educação 0,4% eram de administração pública, 74,4%, empresas privadas, e 25,2%, sem fins lucrativos. Em 2017, estes percentuais foram, respectivamente, de 0,4%, 58,5% e 41,1%.
A pesquisa do IBGE mostrou que, na comparação com 2016, houve em 2017 uma redução de 0,4% no total de empresas ativas (cerca de 21 mil foram fechadas) no país e um aumento de 1% no pessoal ocupado (foram empregados 550,7 mil novos trabalhadores no ano.
“Foi um ano em que o crescimento econômico ainda foi baixo, embora positivo, após dois anos de retração importante. Os anos de 2015 e 2016 foram de crises severas. Mas em 2017 observamos uma mudança desse quadro. Mesmo tendo havido uma redução no saldo de empresas, ela foi menor que nos anos anteriores”, avaliou a pesquisadora do IBGE Denise Freire.
Questionada se isso aponta para o início de uma recuperação, a pesquisadora enfatizou que não: “É um quadro de reversão das expectativas, com o início de uma melhora. Ao menos conseguimos não piorar o quadro recessivo”.
Fonte: portal de notícias G1



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