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Manco Inca, citado em BETHELL, Leslie (org.). História da América Latina: A América Latina Colonial. Volume I, São Paulo: EDUSP, Brasília: FUNAG, 1997, p. 228.

O alerta de um dos líderes incas sobre a ação dos conquistadores espanhóis revela uma das razões que facilitaram a vitória dos castelhanos sobre o Império Inca, ou seja, a idéia inicial dos incas de que os espanhóis eram deuses. Um outro fator que explica a conquista espanhola sobre o Império Incaico foi:

	a superioridade da tecnologia militar espanhola, aliado ao fato de fazerem alianças com povos submetidos ao domínio do Inca e que desejavam se libertar.
	a desarticulação das formas de produção tradicionais da sociedade incaica, que passou a produzir para suprir os desejos dos espanhóis, gerando fome, mas garantindo parte dos lucros para o Inca.
	a violência indiscriminada exercida pelos espanhóis sobre as comunidades incas, especialmente com a utilização de torturas contra os que aceitavam a fé católica.
	a utilização da fé católica, garantiu a dominação ideológica e pacífica sobre todos os povos presentes no interior do Império Incaico.
	o envio de reforços, por Madri para Pizarro, que deu a este conquistador a superioridade numérica de que necessitava para garantir a vitória sobre os incas.

Discurso de Robespierre à Convenção Nacional, em 24 de abril de 1793, IN: ROBESPIERRE, Maximillen de. Discursos e relatórios na Convenção. Rio de Janeiro: Ed. UERJ / Contraponto, 1999, pp. 88-89.

No texto citado, Robespierre indicava, de forma muito evidente, a diferença que separava os jacobinos, que ele liderava, dos girondinos. Esta diferença estava:

	na forma como ambos os grupos encaravam o conceito de liberdade, pois, enquanto para os jacobinos este conceito estava diretamente vinculado ao de propriedade, para os girondinos, estava ligado estreitamente ao de igualdade.
	no conceito de igualdade, entendido pelos jacobinos como o mais importante de todos os princípios e diretamente vinculado ao conceito de liberdade, o que garantiria direitos políticos a todos, enquanto para os girondinos a igualdade era exclusivamente jurídica e não política.
	no modo como entendiam a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, uma vez que os jacobinos eram socialistas, o que fazia deles críticos deste documento, enquanto os girondinos eram iluministas e, portanto, defensores da Declaração.
	na maneira como propunham a mudança da sociedade francesa, pois os jacobinos defendiam a forma pacífica e negociada, utilizando para isto o voto universal, enquanto os girondinos favoreciam a violência revolucionária, usando como instrumento o Tribunal Revolucionário.
	no conceito de liberdade, compreendido pelos jacobinos como contrário ao espírito revolucionário, pois só beneficiava os ricos e os nobres, enquanto os girondinos o entendiam como o conceito básico para a formação de uma sociedade moderna.

O Imperialismo, processo de expansão ocorrido entre o final século XIX e o início do século XX, se baseou em alguns princípios, justificativas ideológicas e formas de atuação, que, muitas vezes, levaram a conflitos não apenas com os povos dominados, mas também entre as próprias potências imperialistas. Assinale, dentre as alternativas que se seguem, aquela que expressa corretamente a relação entre uma característica do Imperialismo e trechos do texto:

	Violência: “Quando estiverdes entre os chineses, lembrai que sois a vanguarda da Cristandade”.
	Missão civilizadora: “e atravessai com vossas baionetas todo odioso infiel de marfim que virdes”.
	Cientificismo: “Fazei-os compreender o que significa a nossa civilização ocidental”.
	Superioridade racial: “e atravessai com vossas baionetas todo odioso infiel de marfim que virdes”.
	Nacionalismo: “E se, por um acaso, tomardes uma pequena extensão de terra enquanto isso, não deixeis nunca que um francês ou um russo a tome de vós”.

Mapa retirado de www.historianet.com.br

O mapa acima expressa as alianças que se formaram às vésperas e durante a Primeira Grande Guerra (1914-1918). Assinale a afirmativa correta sobre este conflito, dentre as que se seguem:

	Uma das principais causas para o conflito foram os choques entre Reino Unido e França, de um lado, potências beneficiadas pela partilha colonial, e o Império Alemão, do outro, que desejava uma nova repartição que lhe permitisse ter acesso a áreas coloniais importantes.
	A origem do conflito foi a política de “paz armada” que gerou uma corrida armamentista no continente europeu e criou uma situação de tensão e instabilidade, uma vez que a Liga das Nações não tinha força para impor sanções aos países que violassem os tratados militares.
	Os nacionalismos extremados foram uma das mais importantes causas para o conflito, pois deram origem ao movimento nazista, que, reivindicando a supremacia racial alemã, deu início à política expansionista nos Bálcãs, que originou o conflito.
	A diplomacia secreta foi um dos fatores que mais contribuiu para o conflito, pois permitiu a um mesmo país fazer alianças com potências adversárias, como foi o caso da Itália, que, antes da Guerra, apoiava a Alemanha e, durante todo o conflito, manteve-se neutra.
	A política alemã de construção de barcos de guerra ameaçou a hegemonia marítima da França, estimulando, neste país, o revanchismo, que já existia desde a derrota na Guerra Franco-Prussiana (1870-71), que permitiu a anexação da Alsácia-Lorena ao Império Alemão.

"Em geral a conferência [de Bandung] teve mais um valor simbólico a respeito de uma série de temas que então foram afirmados pela primeira vez como novos princípios do futuro ordenamento internacional. Tal era o forte empenho a favor das independências dos povos coloniais, que teria larga repercussão em todo o mundo (...)."

Retirado e traduzido de DI NOLFO, E. Storia delle relazioni internazionali 1918-1992. Bari, Editori Laterza, 1994, p. 978.

Seguem-se afirmações sobre as decisões expressas na Ata final da Conferência de Bandung, realizada em 1955:

I. Os representantes dos Estados participantes expressaram o seu apoio aos movimentos que, nos continentes africano e asiático, lutavam pela independência diante das potências colonialistas.

II. Foi recomendada a aceitação da bipolaridade na ordem internacional, devendo cada Estado optar por um dos blocos de poder.

III. O racismo foi condenado por ser considerado, entre outros aspectos, elemento de dominação das potências imperialistas sobre as regiões coloniais.

IV. O pacifismo foi descrito como um perigoso instrumento nas relações internacionais, pois ele teria sido o causador da Segunda Grande Guerra.

Assinale:

	se apenas I e II forem corretas.
	se apenas I e III forem corretas.
	se apenas II e III forem corretas.
	se apenas II e IV forem corretas.
	se apenas III e IV forem corretas.